Demanda interna por bens industriais acumula, em maio, alta de 6,3% em 12 meses

A quantidade de bens industriais disponível para o mercado interno do Brasil avançou 0,2% em maio, na comparação com abril. A informação consta do Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, divulgado nesta terça-feira (23). O resultado ocorreu em razão da alta de 0,3% da produção interna destinada ao mercado nacional, enquanto as importações de bens industriais permaneceram estáveis.

Consumo aparente de bens industriais versus produção industrial (PIM-PF)

 
Mês/Mês anterior dessazonalizado Mês/Igual mês do ano anterior Acumulado
Mar./25 Abr./25 Maio/25 Trim.² Mar./25 Abr./25 Maio/25 Trim.¹ No ano Em doze meses
Consumo Aparente 0,1 -0,6 0,2 0,9 4,5 0,8 4,5 3,3 4,7 6,3
    Bens Nacionais 2,0 -1,0 0,3 1,1 4,0 -0,4 3,0 2,2 2,1 3,1
    Bens Importados -6,5 -0,3 0,0 1,6 6,2 5,6 9,8 7,2 14,5 17,9
Produção Industrial (PIM-PF) 1,2 -0,2 -0,5 1,0 3,4 -0,5 3,3 2,1 1,8 2,8

O registro de maio sucedeu o recuo de 0,6% de abril na série dessazonalizada. Com isso, o trimestre móvel encerrado em abril cresceu 0,9% na margem, quando comparado com o fechado em fevereiro.

No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou alta de 6,3% em maio, contrastando com a elevação de 2,8% da produção interna, medida na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE). Para o ano de 2025, o acumulado é de 4,7%.

O consumo aparente de bens industriais é uma medida da demanda interna por bens industriais. Ele é definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal subiu 4,5% em relação a maio de 2024, o indicador em médias móveis trimestrais aumentou 3,3%.

Em relação às classes de produção, a indústria extrativa apresentou expansão de 5,6% na margem. Já o consumo aparente da indústria de transformação avançou 0,3% na série dessazonalizada, após variação nula no período anterior. Em termos interanuais, a indústria extrativa teve crescimento nulo. Já a transformação registrou alta de 4,4%. Na comparação em médias móveis, os resultados foram 13,1% e 2,5%, respectivamente.

A desagregação em grandes grupos econômicos apresenta um desempenho heterogêneo na comparação livre de efeitos sazonais. Com exceção do consumo aparente de bens de capital (-2,6%), todas as demais registraram crescimento na margem, com grande destaque para a demanda por bens de consumo duráveis, que registrou alta de 9,5%.

Nas comparações interanuais, a demanda por bens de consumo semi e não duráveis foi a única a recuar (-1,7%). No acumulado em doze meses todos os grupos cresceram, sobretudo os de bens de capital e bens de consumo duráveis, com altas de 17,3% e 16,4%, respectivamente.

O índice de difusão – que mede a porcentagem dos segmentos da indústria de transformação com aumento em comparação ao período anterior, após ajuste sazonal – foi reduzido para 36,4%, ante 59,1% em abril. Os destaques positivos foram os segmentos “alimentos” e “veículos”, com altas de 1,6% e 1,3% na margem, respectivamente.

Na comparação interanual, 17 segmentos da indústria de transformação apresentaram crescimento em maio, em relação ao mesmo período de 2024. O segmento “máquinas e equipamentos” se destacou (14,6%), seguido pelo consumo aparente de “outros equipamentos de transporte” (14,4%). Quinze setores registraram aumento em comparação a maio de 2024.

Quanto ao resultado acumulado em doze meses, dezessete segmentos tiveram crescimento, sobressaindo-se o consumo aparente de outros equipamentos de transporte e veículos, com altas de 37,8% e 15,4%, respectivamente.

Fonte: ipea.gov

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